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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Raios x

O uso dos raios x possibilitou um grande impulso nas técnicas de diagnose, devido a uma de suas características: a de poder penetrar nos materiais. Na biologia e medicina, permite observar os órgãos internos sem que se tenha que abrir (fazer uma cirurgia) o paciente. Na indústria podemos citar a irradiação de alimentos por raios x para prolongar o período de conservação, e a análise de estruturas de engenharia, como determinar trincas internas ao concreto, entre outras. Nas ciências, entre outras coisas, auxilia a entender como os átomos e moléculas estão ligados, o que tem ajudado muito o desenvolvimento dos dispositivos eletrônicos, aplicados amplamente em computadores e nos mais variados aparelhos eletrônicos. Ainda há outras aplicações (máquinas de raios x em aeroportos, monitoração ambiental, terapias, etc.) que não cabem ser descritas aqui.
Os raios X nada mais são do que um tipo de luz que não podemos ver, assim como acontece com a radiação infravermelha (IR) e radiação ultravioleta (UV) que são invisíveis também. Para cada tipo de luz (radiação) podemos associar uma quantidade de energia: a luz (radiação) infravermelha tem uma menor energia do que a luz visível; o visível tem menor energia que o ultravioleta; e o ultravioleta menor que os raios x. Esta propriedade dos raios x de ter maior energia do que a luz visível é que os torna interessante nas aplicações acima citadas e em muitas outras.
O fato da luz ter uma certa quantidade de energia associada não é de se estranhar. Basta lembrar dos painéis solares nos telhados das casas que convertem a energia da luz em energia elétrica e/ou calor (esquentando a água que passa por tubos, por exemplo). Esses aquecedores só funcionam bem de dia e à luz do sol; sem luz não há energia e o sistema (coletor solar) fornece apenas o que foi armazenado durante o dia em baterias e/ou reservatórios de água quente.
Se a energia associada à luz for suficientemente alta, ela pode quebrar as ligações químicas entre moléculas e/ou átomos, como é o caso da luz ultravioleta e dos raios x. Quando uma quebra de ligação química ocorre, encontramos átomos que perderam elétrons (chamamos de íons positivos) e/ou ganham elétrons (íons negativos); por esta razão, muitas vezes, luz com energia razoavelmente alta é chamada de radiação ionizante.
A quebra em grande quantidade de ligações químicas em um organismo vivo pode ser nociva. É esta a razão do caráter nocivo de se expor intensamente à luz ultravioleta e aos raios x. Por isso recomenda-se protetor solar que possui em sua composição filtros que bloqueiam boa parte da radiação ultravioleta (UVA e UVB) proveniente do Sol. Como os raios x têm uma energia associada mais alta que a radiação ultravioleta, usualmente são utilizados materiais mais densos ("pesados") para bloqueá-los, como o chumbo.
Existem muitos estudos para tentar determinar os limites seguros de exposição dos seres vivos à radiação, porém isto é muito difícil de se estabelecer devido à grande quantidade de variáveis envolvidas. Contudo, existem normas muito bem estabelecidas de proteção radiológica, envolvendo métodos e equipamentos, que fornecem uma boa confiabilidade em termos de segurança, e que, se obedecidas, mantêm as exposições a radiação abaixo do limite onde os danos se tornam importantes.
Podemos fazer uma comparação com o monóxido de carbono (CO), que é emitido pelos escapamentos dos automóveis, que é altamente tóxico, e nem por isto deixamos de andar pelas ruas das cidades. Mas devemos evitar situações, por exemplo, de garagens fechadas sem ventilação forçada, com o motor do carro em funcionamento
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