Ressonância Magnética

A ressonância magnética é uma avançada técnica de obtenção de imagens do corpo humano que não utiliza raios X, mas sim campos magnéticos muito intensos, que produzem imagens de grande fidelidade, com elevado contraste de órgãos e tecidos. Esta tecnologia mostrou-se valiosa para o diagnóstico de inúmeras patologias, tais como câncer, cardiopatias, doenças vasculares,

derrames, problemas nas articulações e desordens músculo-esqueléticas. Fornece excelentes imagens de partes moles, e é o exame mais sensível para muitos problemas da coluna, resultando em grande demanda por parte dos neurocirurgiões e ortopedistas.

A ressonância magnética é muito utilizada para diagnosticar lesões relacionadas ao esporte, especialmente nas articulações: joelho, tornozelo, ombro, quadril, cotovelo e punho. As imagens permitem ao médico ver roturas muito pequenas, lesões de ligamentos e músculos. É bastante útil para diagnosticar e caracterizar

infecções e tumores, inclusive metástase,

envolvendo ossos e articulações.

Órgãos do tórax e abdome também podem ser examinados por intermédio da ressonância magnética, que atualmente está se tornando uma interessante alternativa para o diagnóstico de câncer de mama.

Por trabalhar sem nenhuma radiação ionizante (raios X), é utilizada para a geração de imagens dos órgãos reprodutores masculinos e femininos, envolvendo pélvis, quadris e bexiga.

Finalmente, a ressonância magnética vem-se transformando num importante método de diagnóstico da cardiopatia, apresentando resultados de excelência no estudo da função ventricular, na identificação de áreas de infarto recente e antigo, bem como no estudo das principais artérias do corpo (carótida, aorta e outras).

• Alguns dos principais exames de ressonância magnética:

- Artro-ressonância das articulações

- RM de abdome e tórax

- RM angiográfica cerebral

- RM uro-ressonância

- RM dos órgãos reprodutores

- RM angiográfica cardíaca

- RM da coluna

- RM temporo-mandibular

• Descrição sintética do exame de ressonância magnética:

O paciente é acomodado em uma cama deslizante que avança para o interior da máquina. Tem início o processo de obtenção das imagens, através do estímulo da bobina magnética em torno do paciente. O exame tem duração de 15 a 60 minutos, dependendo da extensão da área a ser examinada. Durante o processo de

aquisição das imagens, o paciente não deve mover-se, mas durante os intervalos entre as séries é permitido a ele algum movimento.

Dependendo da parte do corpo que esteja sendo examinada, o uso de contrastes pode ser necessário para aumentar a visibilidade de certos tecidos ou vasos sangüíneos. O meio contrastante empregado não utiliza iodo, apresentando mínima agressão renal e baixo índice de complicações. Casos de alergia, embora muito raros, já foram relatados e você deve informar se já apresentou reação a qualquer tipo de medicamento.

• Preparação do paciente:

Para que os exames transcorram de forma adequada, o paciente deve seguir rigorosamente as instruções de preparo para pré-exames fornecidas pelas atendentes do setor de agendamento, ou as orientações fornecidas diretamente pelo médico do setor.

• Riscos nos exames

A existência de implantes metálicos pode dificultar ou mesmo impedir a realização do exame, devido à interferência do metal no campo magnético. Existe

risco especial para os portadores de marcapasso e desfibrilador cardíacos e clips metálicos cerebrais, sendo que seus portadores não podem ser submetidos a esse exame. No caso de metal posicionado em outras estruturas, pode não haver contra-indicação à realização do exame.

Pacientes claustrofóbicos devem informar sua condição se ela for conhecida, pois podem não suportar a entrada no equipamento. Crianças ou adultos com dificuldade para se manterem imóveis durante o exame podem dificultar sua realização. Estas situações, quando conhecidas previamente, podem ser contornadas com medicamentos ou mesmo com anestesia.

A ressonância magnética geralmente é evitada nas 12 primeiras semanas de gestação.

• Medicamentos:

Para a realização dos exames, em princípio o paciente não deve suspender o uso de medicamentos que esteja tomando sob orientação médica, salvo se o exame em questão exigir cuidados especiais quanto a isso. Neste caso, a interrupção do uso dos medicamentos sempre deverá ser realizada com a devida orientação médica. Em hipótese alguma o paciente deve interromper o uso dos medicamentos sem que para isso tenha recebido orientação médica.

• Depois dos exames

Terminados os exames, o paciente poderá voltar à sua vida normal, salvo nos casos em que cuidados especiais tenham sido indicados. De qualquer forma, deve seguir sempre e rigorosamente a orientação do médico responsável pelo exame.

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